Boa tarde Amoras! Hoje trago um textinho sobre a raiva. Vem ver





Humanos que somos, tem sempre alguma coisa capaz de fazer com que até mesmo a criatura mais calma e pacífica do Universo sinta que está prestes a bancar o Michael Douglas em “Um Dia de Fúria” e sair por aí descontando a raiva que sente de alguma forma.
Com a tecnologia, está cada vez mais comum que as pessoas usem emails e redes sociais para descontar a mesma raiva – quem nunca leu/escreveu algum textão raivoso que atire a primeira pedra.
É normal acreditarmos que escrever em um momento de raiva é uma forma de desabafar, mas a verdade é que as coisas não funcionam bem assim.
Algumas pesquisas recentes sugerem que, na verdade, quando estamos escrevendo com a intenção de falar sobre algo que nos dá raiva, ficamos com mais raiva ainda e, sem ao menos perceber, acabamos tomando atitudes precipitadas, por impulso mesmo.
O pesquisador Ryan Martin, especialista em estudar o sentimento de raiva, explica que o problema com esse tipo de conteúdo virtual escrito em momentos de fúria é que, quase sempre, o tom raivoso se sobrepõe ao conteúdo da mensagem em si, de modo que quem recebe essas palavras acaba se focando mais no tom de ódio do que na reclamação em si. E aí o nervosinho em questão perde a razão, ainda que tenha do que reclamar.
Martin explica que a pessoa pode ter um motivo para estar com raiva, mas que esse motivo é superado pelo excesso de palavras rudes, pontos de exclamação e letras maiúsculas – de fato, eis três itens fundamentais de qualquer mensagem raivosa.
Para o especialista, quando estamos falando pessoalmente, tendemos a medir melhor as palavras. Isso não acontece quando enviamos email, pois, ao escrever a mensagem, podemos falar mais e mais, e a pessoa que vai receber o conteúdo não tem como nos interromper, argumentar ou simplesmente nos deixar falando com as paredes.
Quando confrontamos alguém pessoalmente, temos a questão do tom de voz, que é perdido na escrita e que faz toda a diferença em um discurso; e, de quebra, ainda ficamos atentos à linguagem corporal do interlocutor, que pode se defender e responder pontualmente.
O problema da raiva é que expressar aquilo que nos tira do sério e xingar muito é algo que nos faz ter uma sensação boa. Pelo menos no começo. De acordo com Martin, é por isso que as pessoas são tão agressivas em comentários feitos na internet – vale lembrar que é preciso ter cuidado com o que se fala, pois algumas pessoas já se deram mal por xingar muito no Twitter.
“Uma das coisas que as pessoas dizem é que isso faz com que elas se sintam melhores. Elas se sentem relaxadas e aliviadas. Quando as pessoas estão com raiva, querem tomar algum controle da situação – se vingar ou retribuir. Esse impulso é realmente forte, e, quando mandam um email, elas sentem como se tivessem feito algo a respeito”, explica. O problema é que essa sensação de dever cumprido dura pouco.
Martin nos aconselha a pensar bem a respeito daquilo que nos deixou furiosos, de modo que, dessa forma, possamos refletir melhor sobre o que vamos dizer. Quando escrevem a respeito de alguma coisa, as pessoas ficam remoendo aquilo que sentem, e remoer sentimentos é algo que nos deixa com mais raiva ainda. No caso de algo enviado via email ou publicado na internet de alguma forma, é preciso ter em mente que o estrago dificilmente poderá ser reparado.
Devemos entender, no entanto, que escrever é um exercício bom e que traz resultados positivos – contanto que não estejamos com raiva digitando um email gigantesco para o chefe. Para algumas pessoas, escrever é um processo de catarse, que alivia e faz parte do processo da resolução de problemas – nesta publicação, aconselhamos a escrita como exercício para tirar da sua cabeça alguns pensamentos negativos, por exemplo.
“Você pode estar com raiva e enviar um email muito articulado e profundo, e isso não será necessariamente um problema. Mas se você envia um email raivoso, com conteúdo profano, isso pode ser um problema”, resume o especialista, que acredita que quando estamos com raiva o melhor é conversar pessoalmente ou por telefone.
Se a vontade de escrever o email for maior, escreva, mas não envie logo em seguida. Em vez disso, espere um pouco e releia o conteúdo quando estiver mais calmo – possivelmente, quando o nervosismo tiver passado, você vai acabar retirando algumas palavras e sentenças agressivas do texto.
De qualquer forma, o exercício que Martin mais sugere é uma análise de situação. Vai realmente fazer alguma diferença você mandar esse email? A pessoa que o receberá vai mudar de postura por causa de alguma coisa que você sugeriu? Vale a pena tudo isso? Se, no final das contas, você chegar à conclusão de que escreveu o textão apenas para deixar claro que está com raiva, pense bem. Possivelmente não vale a pena fazer isso. A vida é curta e quanto menos energia você gastar com aquilo que não pode mudar, melhor."

FONTE: Se Liga -Dumont FM

4 comentários:

  1. Olá! Eu amo escrever nesses momento. Pego um caderno e escrevo tudo que sinto. Acho que é uma ótima forma de aliviar.
    É claro que mesmo com raiva temos que ter o bom senso e saber que temos que ter limites sobre o que enviar para outras pessoas.
    Gostei do post.
    beijos.

    meumundosecreto

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu desabafo no papel depois rasgo e jogo fora kkkkkk nada de redes sociais. bjs

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  2. Verdade!! Esse post me fez lembrar de umas situações que fiquei com vergonha aleia. kkkk Sempre falo: Tá com raiva, vai esfriar a cabeça fora da rede social. Depois n adianta reclamar. Caiu na rede é peixe.
    Beijos,
    Monólogo de Julieta

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    Respostas
    1. Não é kkkk conta até dez ou mil o importante é esfriar a cabeça

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